Ronaldo José da Cunha Lima (Guarabira, 18 de março de 1936 - João Pessoa, 7 de julho de 2012) foi um advogado, promotor de justiça, professor, poeta e político brasileiro. Durante sua carreira política foi vereador de Campina Grande, deputado estadual da Paraíba por dois mandatos consecutivos, prefeito de Campina Grande em duas ocasiões, governador da Paraíba, senador da república e eleito deputado federal por duas vezes.
Também foi conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil e membro da Academia Paraibana de Letras.
Em 1993, cometeu um atentado contra a vida do ex-governador da Paraíba Tarcísio Burity, em quem disparou três tiros. Tendo sido denunciado perante o Supremo Tribunal Federal por tentativa de homicídio, renunciou ao mandato de deputado federal perto da data do julgamento em 2007, perdendo o foro especial e atrasando a ação penal, que jamais chegou a ser julgada.
Morreu aos 76 anos, devido a um câncer no pulmão do qual sofria desde 2011.[3] Era pai de Cássio Cunha Lima, ex-governador e atual senador da Paraíba.
Estudou no Colégio Pio X e no Colégio Estadual do Prata em Campina Grande. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba. Foi casado com Maria da Glória Rodrigues da Cunha Lima com quem tem 4 filhos: Ronaldo Cunha Lima Filho, Cássio Cunha Lima, Glauce (Gal) Cunha Lima e Savigny Cunha Lima.
Em 1951 iniciou a vida como vendedor de jornais, depois como garçom, no restaurante do seu irmão Aluísio, e trabalhou na Associação Comercial de Campina Grande, na Rede Ferroviária do Nordeste e no Cartório de Dona Nevinha Tavares. Tudo isso para custear os seus estudos e ajudar nas despesas domésticas, porque o seu pai, Demóstenes Cunha Lima, ex-prefeito de Araruna, faleceu muito cedo, deixando sua mãe Dona "Nenzinha" com a responsabilidade de criar e educar uma família numerosa. Ronaldo também desde jovem já demonstrava vocação para a política.
Ainda estudante, Ronaldo foi representante estudantil e vice-presidente do Centro Estudantil Campinense.
Começou a sua carreira política sendo vereador de Campina Grande pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), deputado estadual por dois mandatos, e prefeito eleito em 1968, já pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em 14 de março de 1969 teve os seus direitos políticos cassados, passando dez anos no ostracismo, indo para São Paulo e depois para o Rio de Janeiro recomeçando a sua carreira de advogado. Anistiado, em 1982, foi reconduzido à prefeitura de Campina Grande pelo voto popular, no seu mandato à frente da PMCG (1983/1989) teve como vice-prefeito Antônio de Carvalho Souza, um vice muito atuante na Administração, o qual assumiu a titularidade da gestão por trinta e três vezes no curso do mandato. Reconstruiu o Parque do Povo que por sua vez foi idealizado e primeiramente construído pelo ex-deputado federal Enivaldo Ribeiro, a terceira adutora, a Casa do Poeta, dentre outras obras. Foi governador do estado da Paraíba (1991/1994), Senador da República (1995/2002) e foi deputado federal, eleito em pela 1ª vez em 2002 com mais de 95 mil votos e reeleito em 2006 com 124.192 votos.
Membro da Academia Campinense de Letras, Membro do Conselho Federal da OAB. Ronaldo Cunha Lima ingressou na Academia de Letras em 11 de março de 1994, saudado pelo acadêmico Amaury Vasconcelos. Em 2004, Ronaldo foi indicado para ocupar uma cadeira na Academia Paraibana de Letras (APL).
Obras
50 canções de amor e um poema de espera, 1955;[4]
Alice Carneiro: Imagem da Mulher Paraibana a Serviço das Grandes Causas, 1977
Perfil do Município, 1984;
13 Poemas Pinturas de Carlos Furtado, 1986
Estado e Município na Reprodução do Espaço, 1991;
Poemas de sala e quarto, 1992;
A Serviço da Poesia, 1993
Versos gramaticais, 1994;
A Seu Serviço, 1995;
Legislação Eleitoral, 1997
Livro dos tercetos - Em defesa da língua portuguesa (discurso no Senado Federal, 1998);[4]
Sede de Viver Boqueirão - Ameaça de um Colapso, 1998;
3 seis, 5 setes, 4 oitos e 3 noves - grito das águas (discurso no Senado Federal, 1999);[4]
A seu serviço II, 1999;[4]
Efeito Vinculante, 1999;
A seu serviço III, 2000;[4]
Lei de Responsabilidade Fiscal, 2001;
Roteiro sentimental – fragmentos humanos e urbanos de Campina Grande, 2001;[4]
Poesias Forenses, 2002;
Novo Código Civil - Exposição de Motivos e Texto Sancionado, 2002;
Poemas amenos, amores demais, 2003;
Gramática Poética, 2004;
A Missa Em Versos e Outros Cantos de Fé, 2004
Eu Nas Entrelinhas - Extratos e Retratos da Minha Vida, 2004;
Breves e leves poemas, 2005;[4]
Azul itinerante, poesia policrômica, 2006;
Sal no rosto - sonetos escolhidos, 2006;
Princípios e Teorias Criminais, 2006
As flores na janela sem ninguém - uma história em verso e prosa, 2007.
Artesanato e Arte Popular na Paraíba, 2007
Frentes de Emergência - Uma Solução Definitiva, 2008;
Velas Enfunadas, poemas à beira mar, 2010;
Ingressou na Academia Paraibana de Letras ocupando a cadeira número 14 em 11 de março de 1994, tendo como patrono Eliseu Elias César. Foi saudado pelo acadêmico Amaury Vasconcelos.[5]
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